Onze anos se passaram desde a maior tragédia climática do Brasil. As chuvas da noite do dia 11 de janeiro de 2011 levaram mais do que casas, carros e pedaços das montanhas. Levaram centenas de vidas e um pedaço do coração de todos os friburguenses.
Para lembrar e homenagear as vítimas das chuvas daquele ano, a Cruz Vermelha de Nova Friburgo fez seu tradicional ato no Memorial 12 de janeiro, na Praça do Suspiro.
O evento começou às 19h desta terça-feira, 11, com um Pai Nosso, conduzido pelo pároco da Capela de Santo Antônio, Padre Leão. O local é também um símbolo da reconstrução, após ser severamente castigado pelo deslizamento de terras.
Após as orações, Padre Leão, o prefeito Johnny Maycon e voluntários da Cruz Vermelha seguiram em cortejo até o monumento. Diversas velas foram acesas e uma coroa de flores colocada próxima à placa que contém os nomes das vítimas.
O presidente da Cruz Vermelha de Nova Friburgo, Luiz Cláudio Rosa, falou sobre a homenagem e a importância do trabalho de prevenção.
“É um momento de a gente sempre lembrar das vítimas e as homenagear. Não deixar a população esquecer do que aconteceu naquele 2011. É também um momento de prevenção. Que a gente sempre continue trabalhando pela prevenção”.
Memorial 12 de janeiro
O Memorial 12 de janeiro foi erguido em 2012 para homenagear as 426 pessoas* que perderam suas vidas em Nova Friburgo. A obra é uma doação do Grupo Arte, Movimento e Ação (GAMA). Integra o circuito de monumentos criados em prol da preservação da história e da memória da cidade.
Todo o material utilizado para levantar a escultura foi doado pelas empresas locais do ramo de construção. A Prefeitura cedeu o espaço público.
Além da placa com os nomes das vítimas, o memorial traz as formas das montanhas, dos rios e coloca em destaque uma figura, representando a população, que libera uma Fênix para o universo. Simbolizando o renascimento, a força e o recomeço.
A todas as vítimas daquele janeiro de 2011, o Descubra presta a sua eterna homenagem. É por elas que seguimos em frente lutando por uma Nova Friburgo cheia de esperança, exigindo progressos.
*Dados da Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro