No Dia do Patrimônio Histórico, conheça os locais tombados em Nova Friburgo

O Dia Nacional do Patrimônio Histórico é comemorado nesta terça-feira, 17 de agosto. É uma homenagem a data de nascimento do historiador, advogado e jornalista mineiro Rodrigo Melo Franco de Andrade.

Ele foi o maior responsável pela consolidação jurídica do “Patrimônio Cultural no Brasil” e pela criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1937. Foi presidente do Iphan até 1967.

O Instituto é responsável pela proteção e preservação dos bens culturais nacionais. Nos dados divulgados em 2020, o Iphan tem sob sua proteção 48 bens culturais imateriais registrados, 1.262 bens tombados e 25.892 sítios arqueológicos registrados. Os conjuntos urbanos tombados contam com cerca de 40 mil imóveis. Ainda conta com um acervo monumental com mais de 1 milhão de objetos catalogados.

Entre esses números estão construções em Nova Friburgo. Além do Iphan, o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) também “coleciona” joias friburguenses. Descubra os imóveis tombados na cidade e um pouquinho de suas histórias.

IPHAN

Praça Getúlio Vargas

O conjunto arquitetônico e paisagístico da Praça Getúlio Vargas, no Centro de Nova Friburgo, foi tombado pelo Iphan em 1972. O local é resultado de um projeto do renomado paisagista e botânico francês Auguste François Marie Glaziou, executado pelo engenheiro Carlos Engert (1880) e financiado pelo Barão de Nova Friburgo.

Conjunto arquitetônico do Parque São Clemente

O atual Nova Friburgo Country Clube foi tombado pelo Iphan em 1957. O Parque, assim como a casa sede, era propriedade do Barão de Nova Friburgo e foi projetada por Glaziou, na segunda metade do século XIX. Em 1913, o empresário Eduardo Guinle adquiriu e reformou o parque e a casa, além de ampliar a área ajardinada, mantendo o risco original.

Dentro dessa área do Parque São Clemente, o Park Hotel também é tombado pelo Instituto. O local está fechado desde janeiro de 2011 devido à tragédia climática daquele ano.

INEPAC

Igreja de São João Batista

A Catedral de São João Batista é patrimônio da cidade de Nova Friburgo e do estado do Rio desde a década de 80, quando foi tombada pelo Inepac. Criada em 3 de janeiro de 1820, por decreto de Dom João VI. Apenas em 1851 que a construção começou. O Padre Jacob Joye, que veio com os suíços para a cidade, foi quem conseguiu o terreno com o Barão de Nova Friburgo, Antônio Clemente Pinto.

Instituto de Educação de Nova Friburgo

O prédio do Ienf, no Centro, começou a ser construído em 1851, com recursos do Barão de Nova Friburgo. A construção, porém, só foi terminada em 1933, no governo do presidente Getúlio Vargas. A antiga Escola Estadual Ribeiro de Almeida permanece formando diversos estudantes. Sua arquitetura segue chamando a atenção e foi tombada pelo Inepac em 1988.

Fundação Dom João VI

A atual sede da Fundação Dom João VI já foi a primeira residência do Barão de Nova Friburgo, a Câmara Municipal e, alguns anos atrás, a Oficina Escola de Artes. Localizada na Praça Getúlio Vargas, a construção é tombada pelo Inepac desde 1988.

Capela de Santo Antônio

A capelinha de inspiração neoclássica se ergueu num ambiente agradável. Localizada na Praça do Suspiro, foi construída em 1884 e finalizada em 1889. Foi tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) em janeiro de 1988.

Colégio Anchieta e Nossa Senhora das Dores

Os dois colégios mais antigos de Nova Friburgo também têm seus prédios tombados pelo Patrimônio Histórico. O Colégio Anchieta foi fundado em 1886, mas só em 1º de janeiro de 1901, com o aumento do número de alunos, iniciou-se a construção do grande edifício atual da instituição.

O Colégio Nossa Senhora das Dores foi criado em 1893, em uma “troca” com o Anchieta, que aceitava somente meninos. Com o foco nas mulheres, o Dores se tornou popular entre as alunas rapidamente e em agosto de 1897 transferiu-se para o prédio que abriga a escola até hoje.

Conjunto da Estação Ferroviária de Riograndina

O conhecido Casarão de Riograndina fica na antiga estação de trem. No local, atualmente, funciona um Ponto de Cultura. As construções nessa área compõem o conjunto que mantém a história friburguense e é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Estado do Rio de Janeiro (Inepac).

Prefeitura de Nova Friburgo

Hoje Palácio Barão de Nova Friburgo, a sede da Prefeitura também já foi uma parte importante da história do trem na cidade. A edificação novecentista de estilo neocolonial foi construída para abrigar a segunda estação ferroviária da Leopoldina Railway. Com a malha ferroviária desativada em 1964, a estação ficou abandonada até ser restaurada para servir de sede à Administração Municipal.

Sanatório Naval

A instalação da Marinha do Brasil em Nova Friburgo aconteceu gradualmente. Foi escolhido um grandioso chalé de 1890, precedido de largo alpendre, apoiado em estrutura metálica, em um vasto terreno que abriga diversas instalações. É mais um dos prédios tombados na cidade.

Universidade Federal Fluminense

O campus da Universidade Federal Fluminense em Nova Friburgo já foi a residência do Barão de Duas Barras. O prédio foi erguido em 1890. A construção do século XIX, de aspecto palaciano ocupa posição privilegiada, sobre uma colina.

Mais do que construções, esses locais escreveram a história de Nova Friburgo e hoje ajudam a mantê-la viva. A preservação do patrimônio histórico é de extrema importância para a sociedade. Ela assegura a manutenção da memória destas populações, a noção de pertencimento e de identidade.