Conexão Friburgo x Rio: conheça lugares históricos no Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro foi palco de grandes finais de campeonatos esportivos mundiais, de eventos históricos, de shows internacionais imponentes, mas antes disso tudo desempenhou um papel importantíssimo na construção da história do Brasil.

Em sua jornada temos a presença de nativos, colonizadores, reis, imperadores, escravos, artistas, prédios luxuosos e influentes. Nós contamos um pouco dessa cronologia nesta outra matéria do Conexão.

E nessa Conexão Friburgo x Rio, reunimos 16 locais que te ensinam um pouco mais sobre a história carioca e como ela segue moldando os novos dias e, é claro, os cenários do Rio de Janeiro. Abaixo, veja um breve, mas breve resumo sobre suas trajetórias. Afinal, haja história!

Fortaleza de São João

Foto: Wikipédia (Reprodução)


Esse pode ser considerado o local em que a cidade do Rio de Janeiro começou, em 1565. O primitivo Forte de São João foi erguido por Estácio de Sá, fundador da cidade, que veio com a missão de expulsar os franceses da Ilha de Serigipe, onde hoje está a Escola Naval. A Fortaleza de São João recebeu esse nome oficialmente em 1618. Por lá, na Urca, há a opção de ver a Praça da Fundação da Cidade, as muralhas históricas dos redutos de São Martinho e São Diogo, além do portal da muralha, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Outros atrativos naturais fazem parte do conjunto.

Onde? Av. João Luís Alves, s/nº – Urca
Entrada gratuitas, mas a visita só acontece mediante agendamento (21) 2586-2200

Mosteiro de São Bento

Foto: Mosteiro de São Bento (Divulgação)


Poucas décadas após a fundação da cidade, dois monges vindos do Mosteiro da Bahia fundaram o Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, em 1590. Foi a segunda Ordem religiosa a estabelecer casa na cidade e ainda é considerado um dos principais monumentos de arte colonial carioca. Mesmo nos dias atuais, é possível conhecer a rotina dos monges, cujo lema é oração e trabalho.

Endereço: Rua Dom Gerardo, 68 – Centro
Veja os horários disponíveis para visitação e suas restrições no site.

Arcos da Lapa

Foto: Felipe Acosta


A obra arquitetônica de maior porte empreendida no Brasil durante o período colonial: os Arcos da Lapa. Foram construídos no século XVIII, entre os anos de 1725 e 1744. O objetivo da obra era transportar a água da nascente do Rio Carioca até o Largo da Carioca, a fim de abastecer a população da cidade. Hoje é um dos cartões-postais da cidade, símbolo mais representativo do Rio de Janeiro antigo preservado na região boêmia da Lapa.

Endereço: Rua dos Arcos, s/n, Lapa

Paço Imperial

Foto: Donatas Dabravolskas 


Dados históricos mostram o fim da construção de sua primeira parte em 1743. O, hoje, Paço Imperial foi a antiga residência do governador e do Vice-Rei no século XVIII. O local era o centro de movimentações políticas e sociais daquela época, colecionando momentos históricos do Brasil Colônia, Real e Imperial. Uma delas, por exemplo, é o Dia do Fico. O nome Paço Imperial foi dado em 1822 por Dom Pedro I. Nos dias de hoje, é um espaço multicultural com programação de artes visuais, artes cênicas, música, seminários e serviços de lojas e restaurantes. Local certo também para os passeios de instituições de ensino.

Endereço: Praça Quinze de Novembro, 48 – Centro
Informações, programação e visita: Paço Imperial

Biblioteca Nacional


Um grande terremoto atingiu Lisboa, em Portugal, em 1755, provocando incêndios que danificaram muitos documentos de uma das mais importantes bibliotecas do mundo: a Real Livraria. O rei Dom José I de Portugal e o ministro Marquês de Pombal empenharam-se em juntar o pouco que sobrou da Real Livraria e organizaram, no Palácio da Ajuda, uma nova biblioteca. Foi assim que esse acervo veio para o Brasil e fundou a Biblioteca Nacional. É considerada pela UNESCO como uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo.

Onde? Av. Rio Branco, 219 – Centro
Informações: Sede da Biblioteca Nacional

Quinta da Boa Vista

Foto: Riotur


Com cerca de 155 mil metros quadrados, é um dos maiores parques urbanos em solo carioca. A área era utilizada no séculos XVI e VXII pelos Jesuítas, mas com a expulsão da Ordem em 1759, a propriedade foi desmembrada, tendo passado à posse de particulares.

Situado no bairro de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, foi a residência da Família Real Portuguesa depois que eles deixaram o Paço Imperial. Em 1909, começou o processo do que conhecemos hoje como parque. O espaço abrigou por muitos anos o Jardim Zoológico do Rio, fundado em 1888, que encerrou as atividades dando lugar ao Bioparque. É por lá que fica o Museu Nacional, a instituição científica mais antiga do Brasil, que passa por uma reconstrução após o incêndio ocorrido em 2018.

Endereço: Av. Pedro II, s/n – São Cristóvão
O Parque abre diariamente das 6h às 18h. A entrada é gratuita.

Rua do Lavradio

Foto: Alexandre Macieira (Riotur)


Já ouviu falar da famosa Feira do Rio Antigo, todo primeiro sábado do mês? Pois é, ela acontece na Rua do Lavradio, uma das mais visitadas do Rio. Mas não é de agora que essa via é conhecida. Inaugurada em 1771 pelo Marquês do Lavradio, que assumiu o Vice-Reinado em 1769, foi concebida com a ideia de fazer um atalho que servisse de caminho e passasse entre os Arcos da Lapa e o emergente Largo do Rocio (atual Praça Tiradentes). Hoje, o local abriga casarões históricos, bares, antiquários e casas de shows, com programação para todos os gostos e bolsos.

Endereço: Rua do Lavradio – Lapa

Igreja de Nossa Senhora da Candelária

Foto: Luis Alvaz


Diz a história que o casal espanhol Antônio Martins da Palma e Leonor Gonçalves foi surpreendido por uma tempestade durante uma viagem marítima e invocou por Nossa Senhora da Candelária que, caso chegassem a salvo no primeiro porto, ergueriam uma capela em devoção à santa católica. Aportando no Rio de Janeiro, a promessa foi cumprida.

No dia 03 de junho de 1775, a Provedoria da Irmandade autorizou a construção de um grandioso templo em estilo barroco, no lugar da capela já deteriorada pela ação do tempo. Após 123 anos de construção, a Igreja de Nossa Senhora da Candelária foi reinaugurada em 10 de julho de 1898. É uma das mais famosas e belas igrejas do Brasil. A Candelária está no roteiro dos pontos turísticos mais visitados do Rio e é a queridinha para celebrar casamentos.

Onde? Praça Pio X, s/n – Centro
Informações: Igreja da Candelária

Jardim Botânico

Foto: Fernando Frazão (Agência Brasil)


O Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi fundado em 13 de junho de 1808, por Dom João, então príncipe regente de Portugal. O objetivo era instalar no local uma fábrica de pólvora e um jardim para aclimatação de espécies vegetais originárias de outras partes do mundo. O atualmente chamado Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro é aberto ao público desde 1822 e já recebeu visitas de nomes como Albert Einstein e a Rainha Elizabeth II do Reino Unido. É um órgão federal vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e um dos mais importantes centros de pesquisa mundiais nas áreas de botânica e conservação da biodiversidade no mundo.

Endereço: Rua Jardim Botânico, 1008, Jardim Botânico
Informações: Jardim Botânico

Cais do Valongo

Foto: Prefeitura do Rio


O Cais foi construído em 1811 pela Intendência Geral de Polícia da Corte do Rio de Janeiro. Era o principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas. Foi revelado em 2011 durante as obras de revitalização do Porto Maravilha. Em 2012, a prefeitura do Rio de Janeiro acatou a sugestão das Organizações dos Movimentos Negros e, em julho do mesmo ano, transformou o espaço em monumento preservado e aberto à visitação pública. O Cais do Valongo passou a integrar o Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana. Passou também a integrar Lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em 1º de março de 2017.

Endereço: Av. Barão de Tefé – Saúde

Floresta da Tijuca

Foto: Parque Nacional da Tijuca


Após a destruição quase total da floresta para produção de carvão e plantio de café, as fontes de água que abasteciam a cidade começaram a secar. Em 1861, as florestas da Tijuca e das Paineiras foram declaradas por D. Pedro II como Florestas Protetoras, iniciando um processo de desapropriação de chácaras e fazendas, com o objetivo de promover o reflorestamento e permitir a regeneração natural da vegetação. A iniciativa deu certo e hoje temos o coração verde da Cidade Maravilhosa. E por que? Simplesmente em seus atrativos estão o Cristo Redentor, Mirante Dona Marta, Vista Chinesa, Pedra da Gávea e muito mais. Uma joia rara para a sustentabilidade e o bem-estar do Rio.

Endereço: Estr. da Cascatinha, 850 – Alto da Boa Vista
Informações: Parque Nacional da Tijuca

Real Gabinete Português de Leitura

Foto: Eduardo Knapp


Em 14 de Maio de 1837, um grupo de 43 emigrantes portugueses do Rio de Janeiro reuniu-se na casa do Dr. António José Coelho Lousada e resolveu criar uma biblioteca para ampliar os conhecimentos de seus sócios e dar oportunidade aos portugueses residentes na então capital do Império de ilustrar o seu espírito. O Real Gabinete Português de Leitura foi erguido entre 1880 e 1887. Em 1900 transformou-se em biblioteca pública. Atualmente, sua biblioteca apresenta a maior coleção de obras portuguesas fora de Portugal. Além disso, o espaço tem mais 350 mil obras nacionais e internacionais. Um passeio fora do habitual e gratuito.

Endereço: R. Luís de Camões, 30
Informações: Real Gabinete

Ilha Fiscal

Foto: Halley de Oliveira

A Ilha Fiscal foi inaugurada em 1889 na tentativa de recuperar a glória da monarquia no Brasil. O movimento foi em vão e poucos dias após a festa realizada no castelo, a República foi proclamada. O local é, então, conhecido como o cenário do chamado “Último Baile do Império”. Transferida para a Marinha em 1913, atualmente, é um museu e pode ser visitado diariamente. Por lá, destacam-se o Torreão e a Ala do Cerimonial. 

Como chegar: Avenida Alfredo Agache, s/n Centro Cultural da Marinha – Centro
Informações: Riotur

Forte de Copacabana

Foto: Museu Histórico do Exército (Divulgação)

O Rio de Janeiro era capital do Brasil. O Ministro da Guerra, Marechal Hermes da Fonseca, queria diminuir a vulnerabilidade do então distrito federal. Foi assim que sugeriu a construção do Forte de Copacabana. Inaugurado em 5 de janeiro de 1908, foi construído no promontório da igrejinha de Nossa Senhora de Copacabana. Hoje abriga o Museu Histórico do Exército, um dos principais museus militares do país.

Endereço: Praça Cel. Eugênio Franco, 1, Posto 6 – Copacabana
Informações: Museu Histórico do Exército

Theatro Municipal


Inspirado na Ópera de Paris, é um dos mais imponentes e belos prédios do Rio de Janeiro. O Theatro Municipal é considerado a principal casa de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul. Inaugurado em 14 de julho de 1909, ao longo de pouco mais de um século de existência, o Theatro tem recebido os maiores artistas internacionais, assim como os principais nomes brasileiros, da dança, da música e da ópera.

Como chegar: Praça Floriano, S/N – Centro
Informações: Theatro Municipal

Museu Nacional de Belas Artes

Foto: MNBA (Divulgação)


Situado no centro histórico do Rio de Janeiro, o edifício de arquitetura eclética projetado em 1908 pelo arquiteto Adolfo Morales de los Rios para sediar a Escola Nacional de Belas Artes foi construído durante as modernizações urbanísticas realizadas pelo prefeito Pereira Passos na então Capital Federal. O Museu Nacional de Belas Artes foi inaugurado oficialmente no dia 19 de agosto de 1938. O Museu é a instituição que concentra a maior e mais completa coleção de arte brasileira do século XIX e, possui um acervo de 70 mil itens entre pinturas, gravuras, desenhos, esculturas, objetos, livros e documentos. É vizinho da Biblioteca Nacional e se encontra atualmente fechado para obras.

Onde? Av. Rio Branco, 199 – Centro
Informações: MNBA

Informações obtidas com a Prefeitura do Rio de Janeiro, Riotur e sites oficiais dos pontos mencionados.


Conexão Friburgo x Rio é um projeto do Descubra Nova Friburgo. Viabilizado em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro e sua Secretaria de Integração Metropolitana, por meio do programa IntegraRio.

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